A obesidade é uma doença caracterizada pelo excesso de gordura no corpo. O acúmulo ocorre quando a oferta de calorias é maior que o gasto de energia corporal e resulta frequentemente em sérios prejuízos à saúde. Atinge 600 milhões de pessoas no mundo, 30 milhões somente no Brasil. Se for incluída a população com sobrepeso, esse número aumenta para 1,9 bilhão de pessoas no mundo e 95 milhões de brasileiros. A Organização Mundial da Saúde projeta um cenário ainda pior para os próximos anos. Estima-se que, em 2015, existirão 2,3 bilhões de pessoas com excesso de peso e 700 milhões de obesos no mundo inteiro.
Principais Causas
São vários fatores que resultam da interação de fatores genéticos, ambientais e emocionais e também de estilo de vida.
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Ingestão Excessiva de Alimentos
Os hábitos de vida contemporânea favorecem o consumo exagerado de alimentos de alto valor calórico, mas com pobre qualidade nutricional. Essa ingestão excessiva também pode ser desencadeada por transtornos de compulsão alimentar. -
Falta de Atividade Física
O sedentarismo é outra causa indutora da obesidade. É necessário tentar incluir atividades físicas regulares na rotina diária. O gasto energético vem diminuindo com os confortos da vida moderna, como controles remotos de TV, elevadores, automóveis, escadas rolantes etc. -
Tendência Genética
Pesquisas mostram a relação entre herança genética e obesidade. Normalmente, pais com peso normal têm em média 10% dos filhos obesos. Quando um dos pais é obeso, 50% dos filhos certamente o serão. E, quando ambos os pais são obesos, esse número pode subir para 80%. -
Problemas Hormonais
Alterações nas funções das glândulas tireoide, suprarrenais e da região do hipotálamo também podem provocar a obesidade.
Prevenção
Apesar da relevância dos fatores genéticos no desenvolvimento da obesidade, essa situação pode ser evitada, a começar pela educação das crianças dentro de casa e na escola. Deve-se optar sempre por refeições e lanches saudáveis e, de preferência, não comprar alimentos industrializados e ricos em gordura. Doces, frituras, refrigerantes e até bebidas alcoólicas podem ser consumidos, mas em ocasiões específicas e sempre com moderação.
Além da alimentação saudável, rica em carnes magras, vegetais, frutas e massas integrais, deve-se manter a prática regular de exercícios físicos. Atividades como esportes coletivos, corrida, dança, caminhada e ciclismo, por exemplo, além de fazerem bem ao corpo, são fontes de prazer e socialização.
Tratamento
A primeira opção para se livrar do excesso de peso é o chamado tratamento clínico, que inclui dieta, exercícios, medicação e acompanhamento de endocrinologista e nutricionista. Também podem fazer parte da equipe um fisioterapeuta e um psicólogo. O objetivo é conscientizar o paciente da necessidade de trocar o sedentarismo e a má alimentação por hábitos de vida mais saudáveis que contemplem atividade física e dieta balanceada.
Nos casos em que a obesidade traz prejuízos à saúde e o tratamento clínico se mostra ineficaz, o tratamento cirúrgico deve ser considerado. O método é conhecido popularmente como “redução de estômago”, mas vai muito além. Existem vários tipos de cirurgias disponíveis e cabe ao médico apresentá-los ao paciente e recomendar o mais apropriado e seguro.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM)